Por Federico Grosso

O surgimento de tecnologias como o ChatGPT trouxe à tona debates intensos sobre a aplicação da Inteligência Artificial (IA) na educação. Mais do que avaliar como educadores e gestores devem utilizar essas ferramentas, é essencial compreender a adoção dessas soluções pelos estudantes, levando em conta fatores como faixa etária e o modelo de ensino de cada instituição. A chave é encontrar um equilíbrio entre inovação tecnológica e eficácia pedagógica.

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O Papel da IA na Educação

Como gestor, acredito que reprimir o uso de soluções de IA pelos estudantes, seja no ensino fundamental, médio ou superior, é ineficaz. Mais do que isso, uma postura restritiva pode ser contraproducente, gerando resistência. Quando bem utilizada, com critérios éticos claros, a IA pode se tornar uma poderosa aliada no processo educacional.

Para que essa visão se concretize, é fundamental estabelecer diretrizes que orientem como essas ferramentas devem ser utilizadas, em quais contextos e até onde podem ir. Educadores e gestores educacionais desempenham um papel crucial nesse processo, guiando os alunos para que a IA seja usada para otimizar tarefas operacionais, liberando tempo para atividades mais intelectuais e pedagógicas.

IA e o Papel do Educador

A ideia de que a ascensão da IA é contrária ao papel do educador é um pensamento ultrapassado. O objetivo principal do educador é desenvolver indivíduos críticos e reflexivos, e a IA pode ser uma ferramenta que facilita esse processo. À medida que a IA evolui e se integra ao cotidiano, todas as áreas, incluindo a educação, precisarão se adaptar.

Contudo, é imprudente adotar uma mentalidade de “tudo é possível”. É crucial estabelecer critérios, normas e diretrizes para garantir que essa tecnologia seja utilizada de maneira construtiva e ética.

Perspectivas e Desafios

Estudos recentes reforçam essas percepções. A pesquisa “Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil”, divulgada pelo Instituto Semesp, entrevistou 444 docentes de redes pública e privada. Dos entrevistados, 74,8% concordam, parcial ou integralmente, com a adoção da IA na sala de aula.

De forma semelhante, uma pesquisa realizada pela Chegg mostrou que 52% dos universitários brasileiros utilizam IA em seus estudos. Entre os principais benefícios citados estão ganho de tempo, aprendizado ágil e maior criatividade no ensino.

Esses pontos favorecem a perspectiva de uma educação verdadeiramente integrada à IA, desde que realizada de forma ética e responsável. O desafio agora é promover o acesso democratizado aos benefícios da IA na educação para todas as camadas da população brasileira.

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Sobre o Autor

Marcio Barbosa
Marcio Barbosa

Sou especialista em marketing digital, meu principal objetivo é proporcionar ao máximo de pessoas a oportunidade de crescer e se desenvolver no ambiente digital.

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